domingo, outubro 21, 2007

terça-feira, outubro 09, 2007

É o que há... (Parte 2)

Tenho andado ultra refilona com as condições que o governo e a CMB nos oferecem. Aliás, ainda no outro dia alguns de vocês apanharam com o meu mau feitio num jantar em que me fartei de refilar com a CMB, mas não é dela que venho reclamar desta vez.

No feriado, o ZP enfiou uma pecinha de um brinquedo pelo nariz. Fartou-se de chorar e quando fui ver o que se passava ele só dizia "Pavoixe, mãe, fiz uma pavoixe". Depois do acalmar, lá consegui perceber que o que se tinha passado era que sem querer tinha enfiado o que ele dizia ser uma roda no nariz.

Pegámos nele e fomos para o Hospital do Barreiro (http://www.hbarreiro.min-saude.pt/). Ora o Hospital do Barreiro, se não me engano (não consegui confirmar essa informação no site), abrange os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete e é grandito. Por acaso nós moramos ali mesmo ao lado e até dá para ir a pé.

Quando lá chegámos, como é habitual fora do horário das 08h às 16h nos dias úteis, o guichet das inscrições da Urgência Pediátrica estava fechado, a primeira complicaçãozita: desta vez até nem foi muito chato, mas é complicado quando se tem de ir com os miúdos doentes a meio da noite no inverno e temos de ir fazer a inscrição à Urgência Geral e depois vir com o miúdo ao frio para a Urgência Pediátrica. (eu normalmente nessa situação passo por dentro do hospital e faço uma cara tal ao segurança que me tenta impedir que ele nem me diz nada).

Complicação nº. 2: Quando chegámos à Urgência Pediátrica o segurança que tem de entregar o papelito à triagem não estava lá. Tivémos de ir à procura dele. Para a próxima é certinho que entro pela sala adentro e cago no assunto...

Complicação nº. 3: O HNSR não tem otorrino e como a pediatra e o enfermeiro pediátrico não coneguiram tirar o objecto do nariz do ZP mandaram-nos para Santa Maria. Ainda nos ofereceram uma ambulância...

Será possível? Eu não acho normal.

Como é que é possível que o estado prefira gastar o transporte de não sei quantos doentes por dia para um hospital a mais de 40 km, quando pode ter uma equipa de médicos a prestar um serviço que mesmo que não seja melhor é pelo menos mais perto do utente.

É evidente que fomos muito bem atendidos pelo otorrino de Santa Maria, mas com a brincadeira que poderia ter sido tratada a 300m de casa, gastámos 5 horas, cerca de 100 km (com a respectiva gasolina) e quase 5E de portagens. E a questão nem é se o dinheiro e o tempo nos fazem ou não falta, a questão é que foi gasto e teria sido mais produtivo gastar tudo isto de outra forma.

Mas é o que há...

P.S.: O ZP ficou óptimo assim que lhe tiraram a pecinha do brinquedo do nariz e afirma a pés juntos que não volta a fazer a mesma "pavoixe".

quinta-feira, setembro 13, 2007

Scolari...

esmurrou, mas não inalou...

Façam de conta que sou um paineleiro profissional...

... como tal, acabei de chegar ao estúdio de televisão, estou meio despenteada porque vim à pressa e não tive tempo de me pentear, acudi a uma urgência... Venho ajudar o repórter a comentar um acontecimento que se relaciona com um assunto de que não percebo nada e nem sei bem o que aconteceu, portanto, os que me conhecem bem sabem que vou falar de... de.. exactamente... futebol!
A agressão de Scolari a um jogador da selecção que jogou ontem contra Portugal (de notar o seguinte, eu nem sequer sabia que a selecção tinha jogado ontem e ouvi comentar hoje de manhã - imagem onde... - no cabelereiro que o Scolari tinha dado um tabefe num jogador adversário e que nem sequer me recordo do país). Como não sabia o que se tinha passado documentei-me da forma que o fazem os paineleiros profissionais: liguei a SIC Notícias, ouvi dois minutos de emissão sobre o tema, vim ao Google fiz uma pesquisa por "scolari agressão" vi o primeiro vídeo da coisa que me apareceu e cá estou eu... preparadíssima para comentar o assunto...
O Scolari é um tipo que toda a gente admira, mas... numa altura em que toda a gente quer é saber se foi a mãe ou o pai da Maddie quem a matou, assumiu um protagonismo das notícias televisivas que vai pôr contra ele toda a gente "Atão o pessoal quer é saber se foi o jérri ou a caite e o gajo dá um murro no jogador prá gente não ver pela 1.000.000.000ª vez a imagem do peluche da miúda e dos maquene a sair da igreja"? É isso mesmo, é preciso ter lata, numa altura em que o pessoal se anda a sentir traído por dois médicos ingleses vem o brasuca e pimba faz com que o pessoal se distraia desse assunto.

Agora a sério vamos lá analisar o que se passou:
1. O jogador sérvio (entretanto fiz nova busca no Google e já sei a nacionalidade) diz na sua língua "Lamento que tenham perdido".
2. Scolari ouve " jdava jadava lolo" e pensa: "Este gajo me está mandando à merrda".
3. Scolari dá uma sapatada no gajo.
4. Toda a gente que está à volta agarra o sérvio para o Scolari para lhe dar desta vez com mais força, mas Scolari com o seu fairplay grita:" Não! deixem lá isso, fica assim...".

Bem, m vendo bem as coisas o que aconteceu foi que Scolari estava fo... lixado por ter perdido e tem de descarregar em alguém, o que vem confirmar a minha opinião sobre Scolari que é um tipo normal e humano, portanto de vez em quando tb se passa da mexela... Agora é só uma questão de aguentar com as sanções da FIFA e da FPF.


Viram? É fácil ser paineleiro profissional...

quarta-feira, agosto 08, 2007

É o que há...

Haverá com certeza uma ciência que estuda os nomes próprios. Eu até devo saber o nome, mas agora não me lembro.

Daqui por uns anos, uma série de cientistas da mesma vão estudar o facto de na zona de Mirandela e Figueira da Foz ter havido em 2007 uma onda de crianças chamadas: Maria Tinoni, Fábio Ambulância, Cátia a Caminho da Maternidade, Tatiana Bombeiro, Micael Sirene...

Numa fase de humanização do parto, que há de mais humano que uma ambulância parada na berma da auto-estrada, uma mulher a parir e um ou mais bombeiros a tentar ajudá-la?

É o que há...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Por estes lados reinam...

- a falta de tempo
- a falta de imaginação...

Pode ser que depois das férias, as coisas melhorem...

segunda-feira, julho 02, 2007

Poquenos prazeres da bida...










Estivemos de férias.
Voltámos no sábado.
Desta vez optámos por descomplicar...
Reduzimos tudo ao máximo. Levámos o mínimo de roupa possível para uma semana para os três; fomos acampar... para Sesimbra... (a 45 minutos de casa, indo devagar).
Fizemos salsichas e carninha com arroz para as refeições, quando nos apeteceu peixe grelhado, fomos à tasca... Umas férias mesmos fixes. Só tiveram um senão, era só uma semana.
A reter:
- O meu regresso ao parque de campismo onde já não acampava há 20 anos (imaginem... 20 anos! Estou mesmo a ficar velha.)
- As 432 vezes por dia em que o ZP dizia: "Mãe, conta a história do Nemo."
- Os xixis e cocós lembrados a horas e o adeusinho às fraldas.
- A viagem de barco no Apnea para ver os peixes.
- Os mergulhos do ZP. (Pequenos saltos na rebentação das ondas)
- Brincar à tartaruga filho, mãe e pai (andar de gatas na rebentação das ondas e ficar com os joelhos todos f... da areia)
- As birras!!!! Muitas rematadas com: " Eu não poxo fajê nada" ou "Eu não tenho nada".
- A nova moda do: "Mãe, poxo comprar..."
Nunca mais chegam as próximas férias... em Agosto e provavelmente no mesmo sítio!

Não sei porquê...



lembrei-me de dois dos meus títulos preferidos de BD "Crónicas Incongruentes" e "Quotidiano Delirante" do Miguelanxo Prado.
Talvez porque tudo à nossa volta parece cada vez mais incongruente e sem dúvida que o nosso quotidiano é delirante!!!!

quinta-feira, abril 05, 2007


Grupo excurcionista




Vamos ver se a malta se anima a formar mesmo o grupo excurcionista, as propostas são:

- Ida ao Fluvanário (Peixanário, pronto) em Mora.
- Ida ao Monte Selvagem em Lavre.
- Piquenique anual na Mata da Machada, com ou sem mergulho.
- Aguardamos mais propostas do pessoal Altoseixalinho.

terça-feira, abril 03, 2007

Utentes do SNS espancados para obter comparticipação?

É que o que o Ministro da Saúde disse foi: "... para obter a comparticipação é necessário o seu aviamento na farmácia."...

quarta-feira, março 21, 2007

quinta-feira, março 08, 2007

Vocabulário profissional

Moradia Germinada - moradia que vai crescendo de acordo com a vontade do proprietário, porque germina. Compra-se uma de 3 assoalhadas na Quinta do Conde com um lote de 150 m2 e 40 m2 de quintal e quando se dá por isso tem-se uma moradia de 10 assoalhadas com 5000m2 no Terrim, com piscina e tudo!!!

Lambril - Coisa feia que se vê nos corredores dos apartamentos e moradias da nossa zona e que se pode pintar ou tirar à martelada (na cabeça dos construtores que se lembram de põe tal coisa em imóveis novos).

Afectivo - Situação profissional de quem não tem um contrato de trabalho a termo e que pertence aos quadros da empresa.

"Não tenho problemas bancários" - Expressão utilizada por quem já teve mais de 10 cheques a bater na trave e consta da lista negra do Banco de Portugal.

"Não tenho mais nenhum crédito" - Expressão utilizada do pessoal que tem o número da Cofidis e afins em "speed dial".

Tijoleira - Mosaicos de refugo cor de vinho.

Móveis da cozinha em mogno- móveis de cozinha de aglomerado folheados a castanho escuro e envernizados.

Arrecadação individual - despensa de 1m2 na cozinha.

Quartos com chão em madeira- Quartos pavimentados com flutuante manhoso cheio de bocas, comprado no Max Mat a 4.99 o m2.

Terraço - Varanda com mais de 2m2.

Garagem - lugar de parqueamento em garagem colectiva do prédio inacessível a qualquer carro maior que um Smart.

E mais.... mais... muito mais...

domingo, fevereiro 25, 2007

Pedido de desculpas

Ao senhor do Luxemburgo que fez a pesquisa por "lambe conas" e veio parar ao meu blog.

sábado, fevereiro 24, 2007

As Cutixadas...

No fim-de-semana do Carnaval, resolvemos ir para a aldeia.
Na sexta-feira, a avó tratou de convencer o neto a "chagar" os pais para irmos mesmo.
O ZP não falava noutra coisa senão em ir para as Cutixadas.
Resolvemos então jantar e ir na sexta à noite em vez de ir no sábado de manhã.
Jantámos, arranjámos as coisas e ala...
O ZP dormiu todo o caminho.
Quando chegámos, tirámo-lo do carro sem o acordar.
Deitámo-nos e eram para aí umas 6 da manhã quando o ZP acordou a chorar...
"Mãe, mãe, queio ir prás Cutixadas!", um berreiro pegado. "Queio ir prás Cutixadas!" Respondi: "Ó filho, olha à tua volta, já cá estamos." Calou-se, olhou à volta e disse: "Está bem, mãe, vou dormir", deitou-se e adormeceu...

Coisinhas que fazem uma mãe ficar orgulhosa!!!




Pois é! Finalmente... Pela primeiríssima vez, o ZP pediu para fazer cocó no penico e fez mesmo!!!!

sábado, janeiro 27, 2007

A cagar e a rir...



No outro dia, quando fui à casa de banho, entreti-me a ler a única revista do Expresso que estava por lá, já antiga e que já tinha lido quase toda. Com ar de frete, pus-me a ler as cartas abertas do Comendador Marques de Correia, que é aquela parvoice da última página. Mas nessa semana, lia-se o seguinte:

"Sempre a tomar balanço


Lisboa, 20 de Dezembro de 2006

Aos Portugueses em geral,

Desde que tomei posse do meu novo cargo de Secretário de Estado dos Assuntos Inexpli´cáveis (adiante designado por SEAD) que tenho pensado maduramente no assunto. Aparentemente, as coisas têm piorado e de que maneira. Mas isto é só aparentemente.
O que agora nos afecta, não só é um sentimento mau que se apodera de nós, uma espécie de torpor de mal-estar que é fatigante e muito indesejável. É, além disso, todo um cansaço físico acumulado, um desejo enorme de mudar de local e de modo de ser, sem dar por certo de que aí, noutro sítio e com outra idiossincracia, ficaríamos melhor.
Depois há também o clima. É certo que é bom. Mas é demasiado quente, ou demasiado frio; demasiado chuvoso ou demasiado seco; no geral é um bom clima que não presta para nada.
E temos as pessoas. Boa gente, simples, nada sofisticada, mas que também para pouco serve. São hospitaleiros, mas não gostam de ser incomodados. E são invejosos, embora amigos de ajudar. Acima de tudo são trabalhadores, embora nada produtivos e com um especial fervor para as discussões, embora odeiem polémicas.
Os homens são machistas, embora não se importem que as mulheres mandem neles, ao passo que as mulheres são feministas, mas totalmente submissas.
De resto, há a paisagem, que é quase tudo, e os monumentos que são maltratados. E ainda a História, a grande gesta do povo que o levou a dar novos mundos ao mundo, embora não tenha recebido nada em troca que não tenha gasto imediatamente em coisas inúteis que agora admiramos com gosto, como a Torre de Belém, o Estádio de Braga, a igreja do Marco ou o Convento de Mafra.
Tudo isto aguentámos com estoicismo, com enorme virtude e determinação frouxa, própria do nosso estilo, da nossa poesia, da defesa do Benfica. Não raro nos orgulhámos de ser assim e houve até quem achasse que isso era bom.
Depois veio a Europa. E desde que veio a Europa e a moeda europeia, que nos podemos comparar com os outros. Passou-nos a Irlanda, que eram uns tipos que vinham da crise da batata e da fome total. Passaram-nos os gregos, que são praticamente orientais, desorganizados e confusos. Passaram-nos os checos, que ainda há 20 anos eram pouco mais que uma colónia. Por fim, passou-nos o Chipre que nem sabemos onde fica e estamos aflitos com Malta, para que Malta não nos passe. Logo Malta, que é um povo com quem temos tantas afinidades, como se vê pelo nome.
Contra a angústia nacional vejo-me obrigado a revelar o segredo que está guardado há tanto tempo: isto é uma táctica! Nós estamos a andar para trás, porque somos como os carrinhos de corda. Estamos a tomar balanço. Um dia, largamo-nos e ultrapasamos esses palhaços todos. Chegaremos à Dinamarca, ao Luxemburgo. Estamos a tomar balanço! Por isso, se para o voltarmos a descer, não se admirem nem entrem em pânico. Comendador Marques de Correia."

quarta-feira, janeiro 10, 2007