segunda-feira, janeiro 16, 2006

É preciso ter azar...

Ontem, caiu um grande nevão na zona de Bragança. Uma coisa normal naquela zona...

Ontem, o único limpa-neves que existe no distrito de Bragança estava avariado...

Hoje, segundo informação das BTs, já se pode circular em algumas estradas, mas não há transportes públicos e prevê-se que as escolas só abram à tarde, várias pessoas desistiram de tentar chegar ao local de trabalho!

Vivemos, ou não, num país de brincar?

O que mais me irrita quando estas coisas aparecem nos noticiários é o facto das pessoas que são responsáveis por evitar que isto aconteça, os funcionários públicos a quem pagamos o salário, dizem-se sempre que pronto, sabe, é mesmo assim, não foi possível evitar, acontece, coiso e tal... lá lá lá... Desculpem lá, mas se no caso do nevão não se pode prever, em todos os outros casos parecidos com este em que acontece qualquer coisa e os cidadãos esperam que o Estado resolva o assunto o mais rápido possível por forma a conseguirem continuar a viver a sua vidinha sem serem afectados pelo que aconteceu é sempre isto que se ouve: "pronto, sabe, é mesmo assim, não foi possível evitar, acontece, coiso e tal... lá lá lá... ".

Mas sabendo que vinha aí o Inverno ( e isso é previsível) as BESTAS que trabalham com o único limpa-neves de Bragança não deviam ter ido ver se a dita máquina funcionava?

É assim, é a confiança que podemos ter...

Por isso, quando ouvimos falar em gripe das aves, gripe asiática, etc. também podemos ficar confiantes de que os serviços do Estado actuarão a tempo...

 

1 comentário:

Dina Almeida disse...

A mim o que me irrita solenemente, e a culpa não é totalmente deles, é continuarmos a ouvir o "coiso e tal" dos funcionários públicos nos telejornais e continuarmos a aceitar isso. Eu, pelo menos, começo a deixar de ter paciência para tal coisa. Fingir que se trabalha é tão complicado como trabalhar como deve ser. Agora, nós, os pagantes, é que continuamos a tolerar isto sem dizer nada, por isso é que digo que a culpa não é totalmente deles.